quinta-feira, junho 07, 2007

Astrologia Cigana – Por André Mantovanni

Os ciganos carregam em si magias e mistérios que ultrapassam os limites do tempo..
Criam suas próprias leis, amam a natureza, exaltam as criaturas divinas e acreditam num Deus poderoso, soberano, bondoso e justo.
Com a peregrinação pelo mundo afora, muitas lendas se teceram em volta de suas histórias, porém, sabemos que eles precisavam cultuar hábitos e crenças próprias que estivessem intimamente ligadas ao seu cotidiano e ao meio em que pertenciam.
Alguns estudos revelam que eles chegaram a ser adeptos da astrologia dos caldeus, mas se sentiram invadidos pela cultura de povos estranhos e então começaram a observar os astros e as constelações para criarem sua própria visão astrológica que ainda hoje é pouco ou nada divulgada no Ocidente.
Para eles a “Astrologia Cigana” não é uma ciência, como a Astronomia mas pode revelar de forma mágica os mistérios do mundo dos humanos.
Como a astrologia dos caldeus, a dos ciganos tem também doze signos.
Cada um deles tem suas características próprias, planetas regentes, influências espirituais, determinam características de personalidade e regem algumas datas específicas que se repetem todos os anos.
Foi criada pelos ciganos Kakus (feiticeiros) em suas caminhadas pelas estradas banhadas de luar e pelas lendas vindas da velha e misteriosa Índia.
Os gregos foram os primeiros a traçar horóscopos individuais, tendo por base a posição dos planetas.
Em sua estada na Grécia, os ciganos, sempre ligados em assuntos místicos, aprenderam algo desta técnica e aprimoraram de acordo com o que acreditavam.
Como os babilônios, os ciganos aceitam a teoria da elipse, representando o curso do Sol durante o ano, dividida por doze constelações, cada divisão com trinta graus.
Os ciganos, como todos os povos místicos, levam a sério a astrologia, porém, à sua maneira.
Toda astrologia antiga acreditava também na força dos quatro elementos: fogo, ar, água e terra e para os ciganos esses elementos são as representações máximas do Universo e as suas criações, por isso os signos ciganos estão intimamente ligados a esses elementos.
Muitos povos viu as constelações de modo diferente e deu nomes aos signos de acordo com o que acreditavam ou sabiam.
Para os ciganos os signos eram chamados por nomes um tanto diferentes: Punhal, Coroa, Candeias, Roda, Estrela, Sino, Moeda, Adaga, Machado, Ferradura, Taça e Capelas.
Esses doze signos ciganos correspondem aos doze signos do zodíaco e carregam em si a magia de um povo que acredita na vida com alegria.
Os ciganos sempre foram ligados em quiromancia e muitas outras formas de adivinhação e magia.
Usavam esses caminhos para se conectar com as forças superiores e receber as mensagens dos deuses.
Por ser uma cultura passada de geração em geração através da palavra falada e não da escrita, não existe ainda até os dias de hoje registros concretos sobre as origens e descobertas da astrologia cigana, assim como a própria origem deste povo também.
Parte de suas lendas e histórias contadas no passado, revelam que na Núbia, próximo ao deserto de Saara, observando as estrelas e os corpos celestes, eles criaram o seu próprio horóscopo.
Para descobrir qual é o seu signo cigano confira na tabela abaixo qual corresponde a sua data de nascimento:

PUNHAL (21/03 A 20/ 04)Este é o signo da luta e da vontade de vencer. Representa também a honra, a vitória e o êxito. Os ciganos usavam o punhal para abrir matas, sendo então,símbolo de superação e pioneirismo, impulsividade e coragem. Os nativos do “Punhal” são geralmente impacientes, agitados, sinceros, autênticos, firmes em seus objetivos pessoais, donos de si mesmos e jamais desistem de seus planos e metas.De temperamento agressivo mostram ao mundo ousadia, garra e determinação porém, odeiam ser subestimados. Amam demais, chegam a ser impulsivos e possessivos. Tem muita energia e adoram sexo. Não são econômicos e com o tempo aprendem a controlar o dinheiro. No trabalho devem exercer cargos de chefia e liderança.Planeta regente: MarteCor de sorte: vermelhoPedras de proteção pessoal: rubi, granada e diamanteIncenso: Aloe veraMetais: ferro e imãPlantas: pimenta, mostarda e arrudaAnimais: lobo, cavalo, tigre e galo

COROA (21/04 a 20/05)Este é o signo da nobreza, simbolizando o amor puro, a força, o poder e a elegância. Os nativos da “Coroa” , geralmente são valorizados e possuem um lugar de destaque no mundo. Lutam pelo que querem de forma honesta e buscarão estabilidade em seus relacionamentos e em diversas situações da vida.Nasceram para administrar, serem donos do próprio trabalho e apreciaram a segurança financeira, evitando assim aventuras com o dinheiro. Por carregarem um forte vínculo com as emoções e os sentimentos, por vezes sofrerão sem motivo. Costumam ser românticos, fiéis no amor e nas amizades. São sensíveis, gostam das artes e tem grande criatividade. Precisam prestar atenção para não viverem num mundo de fantasias e perderem oportunidades na vida.Planeta regente: VênusCor de sorte: verdePedras de proteção pessoal: esmeralda e água-marinhaIncenso: AlmíscarMetais: cobre e ouroPlantas: violeta ou macieira.Animais: cisne, pombo e cachorro.
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CANDEIAS (21/05 a 20/06)Este é o signo que simboliza as luzes da sabedoria, a clareza de idéias e a busca pela verdade. Nas histórias ciganas as candeias eram usadas para iluminar os acampamentos e as noites escuras e por isso também representam a vivacidade do espírito e a esperteza da mente para enfrentar qualquer desafio. Os nativos das “Candeias” são comunicativos, fazem amigos com facilidade, são muito versáteis e adaptáveis a qualquer tipo de mudança.O intelecto é um ponto forte e geralmente adoram estudar, pesquisar e raciocinar para encontrar soluções. No amor dificilmente desistem de suas conquistas, mesmo que o envolvimento afetivo não seja tão intenso, porém, são mais razão do que emoção e jamais terão preconceito ou discriminação. A força de seus pensamentos é tão forte que quando desejam muito algo, conseguem concretizar.Planeta regente: MercúrioCor de sorte: amareloPedras de proteção pessoal: ágatas coloridas e jaspeIncenso: lavandaMetal: ouroPlantas: margaridas e hortelãAnimais: borboletas e papagaio.

RODA (21/06 a 21/07)Este signo representa as emoções e é muito sentimental. Os nativos deste signo são românticos, ligados à família e só são felizes quando encontram um parceiro ideal. Magoam-se com muita facilidade, são dóceis e amáveis, porém quando se irritam conseguem ir para o extremo de irritação e agressividade. Geralmente são ciumentos, nostálgicos, demonstram insegurança e uma vida com altos e baixos, mas sempre conseguem vencer as adversidades.Planeta regente: Lua Cor de sorte: brancoPedras de proteção pessoal: pedra da Lua e opala Incenso: MirraMetais: prataPlantas: Chicória e dama da noite.Animais: peixes e coruja.

ESTRELA (22/07 a 22/08)Este signo representa a estrela do povo cigano que guia, ilumina e traz proteção. Os nativos deste signo costumam ter sucesso na vida, mas precisam buscar a evolução do espírito e da matéria. São otimistas, nasceram para brilhar, onde passam são notadas pois conseguem contagiar a todos com seu alto astral e atrair as pessoas.Possuem garra, força, resistência e são um tanto possessivos. Na maioria das vezes querem para si tudo que desejam. Quem for regido pela “Estrela” será otimista, alegre, viverá cercado por muitos amigos, terá grandes oportunidades em seu destino e sempre será o centro das atenções.Planeta regente: SolCor de sorte: douradoPedras de proteção pessoal: citrino, brilhante e pedra do solIncenso: girassol e jasmimMetais: ouroPlantas: Louro, girassol e açafrãoAnimais: leão, gato e tigre

SINO (23/08 a 22/09)Este signo representa a busca pela perfeição e exatidão de todas as coisas. Nas lendas o sino também era usado como um relógio e, por isso, o povo cigano associou este símbolo à pontualidade, disciplina e firmeza interior. Os nativos do “Sino” são ambiciosos, organizados e objetivos. Lidam com a vida de forma prática e sempre conseguem superar as dificuldades pela força interior que possuem.Costumam se apegar aos detalhes e sabem que isso pode fazer toda a diferença, porém chegam a ser críticos ao extremo analisando a tudo e a todos. São inteligentes, fiéis e prestativos. Gostam das coisas bem arrumadas, apreciam a moda, a decoração e são de extremo bom gosto.Planeta regente: Mercúrio Cor de sorte: cinzaPedras de proteção pessoal: esmeralda ou piritaIncenso: canelaMetal: ouroPlantas: verbena, laranjeira e erva cidreiraAnimais: andorinha, pavão e cachorro.

MOEDA (23/09 a 22/10)Este signo representa o equilíbrio e ao sentimento de justiça. Os nativos deste signo conhecerão a riqueza de uma vida espiritual abundante e conseqüentemente a fortuna material. Para os ciganos, a Moeda unifica opostos que se complementam: cara é o ouro material, e coroa o ouro espiritual.Quem nasce sob esta proteção geralmente tem muita sensibilidade, adora vivenciar o romantismo dos relacionamentos e de forma um tanto idealista gostaria que o mundo fosse mais “cor-de-rosa”. Naturalmente atrairão a atenção das pessoas para si. Adoram ajudar os outros à resolverem algum problema difícil e por isso terão muitos amigos pela vida. Possuem talentos artísticos e sensibilidade.Planeta regente: VênusCor de sorte: rosaPedras de proteção pessoal: cristal de quartzo-rosa e lápis-lazuli Incenso: rosasMetais: cobre Plantas: lírio, rosas e amor-perfeitoAnimais: pavão e faisão .

ADAGA (23/10 a 21/11)Este signo está associado ao amadurecimento, a força interior e as transformações da vida.Para os costumes ciganos quando o menino sai da adolescência e ingressa na vida adulta ele recebe em um ritual uma adaga que simboliza sua transição. Desta forma também esta Adaga anuncia uma vida cercada de mudanças necessárias e crescimento interior.Os nativos deste signo possuem uma personalidade forte, são misteriosos, sedutores, irresistíveis. Se direcionarem suas energias para o bem receberão prestígio do mundo. Percebem com facilidade tudo que está ao seu redor, gostam de se aprofundar em suas buscas e constantemente se envolvem em paixões intensas. A sexualidade é um ponto forte em suas vidas, são impulsivos e falam o que sentem sem pensar mesmo que magoem os outros, depois se arrependem e voltam atrás.Planeta regente: PlutãoCor de sorte: vermelhoPedras de proteção pessoal: água-marinha, topázio e turmalina negraIncenso: absintoMetais: estanhoPlantas: gengibre, pimenta e rosas vermelhas.Animais: escorpião, serpente e borboletas.

MACHADO (22/11 a 21/12)Este signo simboliza a liberdade e a expansão dos horizontes. Para os ciganos o “Machado” pode destruir qualquer bloqueio ou romper qualquer limite. Os nativos deste signo amam a liberdade, não gostam de regras ou convenções e dificilmente criam raízes profundas em qualquer situação. Detestam a rotina, tem força para romper os obstáculos e está sempre em movimento.De espírito aventureiro terão vontade de desbravar mundos desconhecidos e o temperamento explosivo poderá conferir a imagem de agressividade. São otimistas, valentes e podem se apaixonar com muita facilidade, mas ao mesmo tempo se desencantam rapidamente, alguns temem o casamento e o compromisso.Planeta regente: JúpiterCor de sorte: laranjaPedras de proteção pessoal: safira e olho-de-tigre Incenso: Noz-moscada Metais: bronzePlantas: manjericão, cravos e gerânio.Animais: águia, perdiz e macaco.

FERRADURA ( 22/12 a 20/01)Este signo simboliza os esforços, o trabalho e construção. Para os costumes ciganos este é um talismã muito poderoso que atrai a boa sorte, traz a fortuna e afasta o azar. Os nativos da “Ferradura” possuem bom senso, são prudentes, realistas, sérios e, às vezes mal humorados. Precisam de mais leveza para terem bem estar e paz interior. Geralmente são ambiciosos, não medem esforços para atingirem um objetivo, mas falta coragem para se arriscarem em novos projetos. Procuram por situações e relacionamentos concretos, estáveis e duradouros, mas raramente confiaM nas pessoas. De poucos amigos, gostam da família e em seu íntimo querem se casar e ter filhos ou então envelhecer ao lado de um amor sincero.Planeta regente: SaturnoCor de sorte: marromPedras de proteção pessoal: turmalina negra e ônixIncenso: benjoimMetais: chumboPlantas: carvalhos e heraAnimais: coruja, sapo e cachorro

TAÇA (21/01 a 19/02)Este é o signo da receptividade, da bondade e da comunhão. Para os ciganos a taça simboliza união espiritual e de alguma forma o cálice sagrado onde os noivos bebem vinho para selar o amor em seus rituais cerimoniais de casamento. Os nativos da “Taça” sentem grande preocupação com as necessidades alheias ou assuntos que estejam à sua volta e estão sempre dispostos a ajudar. São inteligentes, sinceros, inquietos e receptivos, porém, são independentes e querem vencer por seus próprios esforços. Gostam de ser originais em seu modo de ser e fazer as coisas. Inovam e chocam o mundo com suas atitudes diferentes. Vivem para encontrar a felicidade, apreciam a fidelidade, mas emocionalmente são instáveis.Planeta regente: UranoCor de sorte: azulPedras de proteção pessoal: amazonita e sodalitaIncenso: CanelaMetal: cobre Plantas: alecrim, flores do campo e rosasAnimais: cachorro e canário .

CAPELA (20/02 a 20/03)Este é o signo que representa a força divina, um indício de fé e religiosidade. É o local onde todos podem entrar para conectar-se com seu deus interior e assim despertar as forças do amor. Os nativos de “Capela” são emotivos, sensíveis, sonhadores, honestos e leais. Por serem muito leais e companheiros terão amigos sinceros. Pode-se dizer que este símbolo é o próprio amor encarnado. São observadores, cuidadosos e possuem uma natureza um tanto triste às vezes.A força espiritual é grandiosa e se quiser poderá despertar em si dons para a clarividência. Românticos e carinhosos podem até demorar para se apaixonarem, mas quando isso acontece demonstram um amor inabalável. Precisam ajudar para sentirem- se felizes, mas poderão ter grandes desilusões por se entregarem demais.Planeta regente: NetunoCor de sorte: violetaPedras de proteção pessoal: água-marinha, ametista e quartzo-rosaIncenso: AnizMetais: cobre e ouroPlantas: violeta, rosas cor de rosa e hortelãAnimais: peixes e cavalo-marinho

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O Baralho Cigano

O Baralho Cigano é classificado como uma arte divinatória milenar criada há séculos no sul da França e que foi difundida pelo povo cigano, possibilitando a todos os outros, o conhecimento sobre suas vidas e destinos.Não deve ser confundido com outras formas de cartomancia, como baralhos comuns, ou uma espécie de tarô.O baralho cigano se torna singular no aspecto de ser exato, claro e preciso. Ele não deixa dúvidas quanto as realizações e finalizações dos acontecimentos, sejam quais for os aspectos que estejam sendo analisados para o consulente.
CARTAS CIGANAS E SEUS SIGNIFICADOS
1. Mensageiro
Objetivos, metas, realizações, obstáculos superados, vitória, seguir com coragem
2. Obstáculos
Testa capacidade de luta, dificuldades financeiras, dividir problemas para ter êxito, bloqueios. Na saúde: Bloqueios emocionais
3. O mar
Mudança profissional, mãe, mudança financeira, viagem, vivera um romance proibido. Na saúde: Bexiga/rins
4. Equilíbrio
Sentimentos, família, amigos, confiança, sucesso em qualquer coisa, apoio das pessoas. Na saúde: Estrutura física
5. Árvore
Relacionamento, troca, dividir energia, fartura, progresso, saúde, boa sorte com dinheiro, época de colher. Na saúde: coluna, tratamento com ervas
6. Ventos
Confusão, duvidas, espiritual, conclusões precipitadas, dificuldades de analise, calma. Na saúde: Pressão, estafa, pulmões
7. Arco Íris/Cobra
Brigas, desarmonia, intriga, perigo, traição, inveja, jogo de cintura, inteligência, vícios. Na saúde: circulação, impotência, problemas ginecológicos
8. Perdas
Final de um ciclo, inicio de uma nova fase, perdas financeiras, tristezas, uma perda, transformação (renascimento). Na saúde: Medo, fobia, síndromes
9. Chuva
Sentimentos profundos e verdadeiros, alegrias sinceras, generosidade, progresso financeiro. Na saúde: Sistema nervoso
10. Transformações
Reavaliação para excluir e melhorar, perda necessária porem dolorosa. Na saúde: Osteoporose, cirurgias, exames, fisioterapia
11. Magia
Forca, energia, poder da mente, intuição, agir com bondade, ouvir o coração
12. Alegrias
Felicidade, atenções que não eram esperadas, carinho, sonhos amorosos, alma gêmea. Na saúde: Cansaço, desgastes
13. Criança
Novas experiências, aprendizado, filhos, bons sentimentos, seguir em frente mas com valorização
14. Armadilhas
Esperteza, mentiras, enganos, desvio da meta, promessas falsas, cantadas, cautela. Na saúde: miomas, problemas ginecológicos
15. Falsidades
Inveja, ciúme, despeito, não confiar em ninguém, amigo intimo e falso, ser positivo. Na saúde: fígado e pâncreas
16. A sorte
Caminho que deve ser seguido, êxito, colocar você em primeiro lugar, homem perfeito, carma. Na saúde: Insônia e espiritualidade
17. Novidades
Oportunidades boas, novos relacionamentos, surpresas, imprevistos, gravidez, fofoca. Na saúde: Varises, dores nas pernas
18. Aliado
Sinceridade, equilíbrio, parentes, amigos, apoio de pessoas fieis
19. Espiritualidade
Essência de nos mesmos, elevação, confie na intuição, ouça mais sua alma do que a matéria. Na saúde: Tensão, stress, dores nas costas
20. As Ervas
Depende dos nossos esforços, nosso mundo interior, analise seus atos, merecimento. Na saúde: Atividades físicas, homeopatia
21. Pedras
Justiça reinando, avaliação de maneira real, dificuldades superadas com firmeza, paradeiro. Na saúde: dores de cabeça, tensão
22. Caminhos
Livre arbítrio, nossa estrada, para tudo há uma saída e só seguir adiante ou não. Na saúde: tontura, labirintite, enxaqueca
23. Desgastes
Desanimo, energia roubada, riscos, cuidado em todos os aspectos, cuide da saúde. Na saúde: estomago, fígado, câncer
24. Sentimentos
Emoções profundas, amor, entrega e paixão, verdades em todos os aspectos. Na saúde: problemas cardíacos, angina, angustia
25. Aliança
Unir para atingir um objetivo, união, pessoas ligadas a você que pode contar
26. Os livros
Conhecimento, inteligência, estudo, trabalho, segredos que serão revelados. Na saúde: vista cansada
27. O Aviso
Momento presente, estudos e novas amizades são favorecidas, uma melhora de situação. Na saúde: faringe, inflamação de garganta.
28. Homem
Homem, pai, filho, refletir antes de decidir por um homem, dar mais carinho a ele
29. Mulher
Mulher, mãe, autoconhecimento, realização de suas metas
30. Rios
Paz, tranqüilidade, pureza, virtude, abrir-se para um futuro mais feliz, confiar em si mesmo para ser melhor. Na saúde: resfriado
31. O Sol
Energia positiva, forca divina, fase boa em todos os aspectos. Na saúde: diabete, pele, visão
32. Honrarias
Reconhecimento de esforços, místico, magia, intuição, seguir instinto com bom senso. Na saúde: ansiedade, preocupações
33. Soluções
Solução, alcance rápido aos objetivos, agir com coragem e autoconfiança nas metas. Na saúde: desanimo
34. Matérias
Abundancia de tudo, partir para novos empreendimentos e ser líder, se imponha sem receio. Na saúde: infecções, furúnculos, miomas
35. Segurança
Estabilidade, apoio, equilíbrio financeiro, sucesso em novos investimentos, fique com o certo
36. Vitória
Dificuldades antes da vitória final, superar os problemas de cabeça erguida

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sábado, março 03, 2007

O Olhar Dos Ciganos

Antigamente o olhar dos ciganos, era tido mais do que um elemento de sua aparência física; era como tendo uma dimensão transcendental.
Numa sociedade que transmitia seus saberes, tradicionalmente, por forma oral, o olhar é o ponto de partida para a compreensão entre as pessoas.
Além disso, era através dele que se confirmava um compromisso (negócios ou casamentos, por ex.) depois da palavra dada, olhando-se nos olhos do cliente ou do outro cigano.
O encontro e a revelação do outro se inicia com o olhar.
A presença do olhar cigano instaurava uma crise na identidade do não-cigano, acompanhada de perplexidade e medo.
Assim, o olhar cigano incomodava porque, ao mirarem, constrangiam os não-ciganos para não o devolverem.
Ao ser olhado pelo cigano, o indivíduo sentia-se "coisificado".
Em contrapartida, o cigano ao incidir seu olhar sobre o outro, rompia momentaneamente com a fronteira e a distância original, seu mundo também ficava à deriva.
Os ciganos foram, não se sabe a partir de quando, considerados como portadores de um olhar mágico e poderoso, capaz de lançar pragas e maldições.
Este olhar se caracterizaria não só pelo exotismo dos olhos com grandes pupilas, mas também por uma certa magia na forma de fixá-los.
No século XIX, tal imagem ganhou mais relevância graças ao movimento romântico.

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História dos Ciganos no Brasil

(...) À parte a complexa definição da identidade cigana, a documentação conhecida indica que sua história no Brasil iniciou em 1574, quando o cigano João Torres, sua mulher e filhos foram degregados para o Brasil. Em Minas Gerais, a presença cigana é nitidamente notada a partir de 1718, quando chegam ciganos vindos da Bahia, para onde haviam sido deportados de Portugal.
A documentação sobre ciganos é escassa e dispersa. Sendo ágrafos, os ciganos não deixaram registros escritos. Assim, raramente aparecendo nos documentos, aproximamo-nos deles indiretamente, através de mediadores, chefes de polícia, clérigos e viajantes, por exemplo. Nestes testemunhos, a informação sobre os ciganos é dada por intermédio de um olhar hostil, constrangedor e estrangeiro.
Os ciganos nas cidades mineiras estavam em dissonância aos ideais de civilização e progresso, tão marcantes deste período. São identificados como elementos incivilizáveis, inúteis à sociedade, supersticiosos, corruptores dos costumes, vândalos, enfim, uma anomalia social e racial. Uma vez vistos desta maneira, as autoridades tentavam controlá-los, no entanto, sem obterem grande eficácia. No final do século XIX e início do XX, ocorreu o ápice dos confrontos entre a polícia e os ciganos. Foram as "Correrias de ciganos" que, como veremos mais adiante, eram movimentações destes em fuga, por estarem sendo perseguidos pela polícia. Nestas correrias haviam freqüentes tiroteios, que resultaram em mortos de ambos os lados (...)
(...) Primeiramente, vejamos como o Padre Raphael Bluteau, autor do primeiro dicionário de Portugal, repercute as preocupações que a Igreja tinha com o comportamento considerado herege dos Ciganos, no início do século XVIII:
"Ciganos – Nome que o vulgo dá a uns homens vagabundos e embusteiros, que se fingem naturais do Egito e obrigados a peregrinar pelo mundo, sem assento nem domicílio permanente, como descendentes dos que não quiseram agasalhar o Divino Infante quando a Virgem Santíssima e S. José peregrinavam com ele pelo Egito."
Em 1798, a população escrava representa 48,7% do total populacional. Isto dá uma idéia da importância do mercado escravista no Brasil. Aproveitando-se do aquecimento econômico, atrelado ao estrondoso crescimento populacional vivido pela cidade do Rio de Janeiro, os ciganos, estabelecidos de forma concentrada no Campo de Santana, aproveitaram-se do espaço desocupado no mercado de escravos de segunda mão, que atendia a proprietários de plantéis menores.
Além dos mercados na rua do Valongo, os ciganos comerciaram escravos por várias partes do interior do país; em Minas Gerais, podemos confirmar que tiveram um papel importante nesse comércio. Isto proporcionou uma maior aceitação e mesmo valorização social dos ciganos, já que exerciam uma atividade reconhecida como útil por grande parte da população. Alguns ciganos tornaram-se ilustres, patrocinando até festividades na Corte. Esse momento sui generis da história cigana no Brasil coincidiu com a ascensão do movimento romântico na Europa que repercutia no Brasil, com a visão de que o cigano era a encarnação dos ideais da vida livre e integrada a natureza. Além disso, houve uma idealização da mulher cigana, agora não mais uma miserável e desonesta quiromante, mas uma mulher forte, sensual e, ainda que vingadora e passional, fascinante.
Em fins da década de 1820, viram esse breve momento de prestígio começar a ruir, com os movimentos políticos pela Independência. Somaram-se a isso, a partir de meados do oitocentos, os golpes fatais sobre o escravismo (1850, 1871 e que culminaram com 1888) (...)
(...) Nas últimas décadas, pesquisadores, ciganos ou não, consagraram a distinção dos ciganos, no Ocidente, em três grandes grupos. O grupo Rom, demograficamente majoritário, é o que está distribuído por um número maior de países. É dividido em vários subgrupos (natsia, literalmente, nação ou povo), com denominações próprias, como os Kalderash, Matchuara, Lovara e Tchurara. Teve sua história profundamente vinculada à Europa Central e aos Balcãs, de onde migraram a partir do século XIX para o leste da Europa e para a América. Muitas organizações ciganas e vários ciganólogos têm tentado substituir, no léxico, Ciganos por Rom. A este processo tem-se denominado romanização, e tem a intenção de conferir legitimidade a estes grupos como sendo o dos "verdadeiros ciganos." Há ainda, pelo menos, duas derivações dessa política. A primeira, a do subgrupo Kalderash, autoproclamada a mais "autêntica" e "nobre" entre as comunidades ciganas. A segunda é a do grupo lingüístico vlax romaní, considerado, por muitos pesquisadores, como portador da "verdadeira língua cigana".
(...) Os Sinti, também chamados Manouch, falam a língua sintó e são numericamente expressivos na Alemanha, Itália e França. No Brasil, nunca foi feita uma pesquisa apurada sobre sua presença. Provavelmente, os primeiros Sinti chegaram ao país também durante o século XIX, vindos dos mesmos países europeus já mencionados.
Os Calon, cuja língua é o caló, são ciganos que se diferenciaram culturalmente após um prolongado contato com os povos ibéricos. Da Península Ibérica, onde ainda são numerosos, migraram para outros países europeus e da América. Foi de Portugal que vieram para o Brasil, onde são o grupo mais numeroso. Embora os Calon tenham sido pouco estudados, acredita-se que não haja entre eles algo que se assemelhe à complexa subdivisão dos Rom.
Historicizar os ciganos nos remete a compreendê-los na sua pluralidade e no seu excepcionalismo. Há uma generalidade reducionista ao se chamar de ciganos indivíduos e/ou comunidades com diferenças significativas entre si. Precisa-se, assim, tomar cuidado ao denominar "cigana" a identidade de grupos que chegaram ao Brasil deportados de Portugal, desde o século XVI e, ao mesmo tempo, a identidade de famílias oriundas dos Balcãs e da Europa Central, que chegaram ao país no final do século XIX. Trata-se de uma enganosa generalização, sem dúvida, pois que o espaço e o tempo modificam sensivelmente a constituição desses "sujeitos.
Assim, um cigano Calon e um cigano Rom só possuem predicado idêntico no domínio da linguagem, quando emitimos proposições como: "Este Calon é cigano" ou "Aquele Rom é cigano". Mas a percepção atenta das singularidades nega, taxativamente, a suposta identidade dos nomes e dos predicados.
( Rodrigo Corrêa Teixeira)

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Por um Lugar ao Sol

“Se o povo roma (ciganos da Europa de Leste) exigisse um Estado, numa qualquer região da India (país de onde iniciaram a sua diáspora), seria sensato e lógico ceder a tal ambição?”
Pergunta o Carlos.
A primeira resposta que julgo ser adequada é em forma de outra pergunta: Porque o povo Roma não exige um Estado, numa qualquer região da Índia?
A resposta a esta segunda questão esclarecer-nos-á a primeira. Se o povo Roma não sente necessidade em voltar para a Índia, é porque talvez esteja melhor no Leste da Europa que estaria na União Indiana. Mas mesmo que sentisse vontade em voltar para a Índia, a pergunta a ser colocada seria, em que medida é que isso impediria o direito ao povo judeu de criar o seu Estado? Na verdade e a meu ver, a não concretização do direito de alguns não deve servir de argumento para a não realização do direito de outros. Não me parece correcto partir do princípio que se determinado grupo não consegue atingir os seus objectivos se deverá impedir a sua realização àqueles que têm condições para tal.
Ora, o que se passou com os Judeus é que, desde que foram expulsos daquela zona do Médio Oriente (onde se encontra actualmente Israel e – acredito – a futura Palestina), sempre quiseram para lá regressar. Quiseram-no na medida em que não a deixaram de sentir como sendo também a sua terra. Foi por esta razão que, logo a seguir à 2.ª Guerra Mundial, não aceitaram ir para o Uganda ou para Angola. Quiseram o Médio Oriente.
A meu ver, é esta a razão que confere toda a legitimidade à existência de Israel e impede que se fale de ocupação. Sucede que, a juntar a este argumento, surge um outro que é histórico. Uma perseguição que durou séculos. No fundo, o sempre os Judeus terem sido expulsos (quando não mortos) por não viverem na sua terra. Falo, naturalmente da Inquisição e do Holocausto. O Holocausto foi um golpe brutal, suficientemente brutal para dizer ‘basta’. Depois dessa carnificina, os Judeus, além da primeira razão (que apenas a eles os convencia) tiveram um argumento de peso para criarem um Estado Judaico: Um local onde jamais fossem perseguidos. Só com um Estado, com um exército (para Ben Gurion o exército era a base de Israel) haveria segurança, tranquilidade e um desenvolvimento harmonioso da sociedade judaica.
Por estas duas razões eu sempre fui favorável à existência de Israel e de um Israel Judaico. Foi esta luta ‘por um lugar ao sol’ que constantemente me fascinou e sempre admirei. Claro que a Palestina deve existir. Mas note-se que Israel nunca se opôs à Palestina. Desde sempre a aceitou como sua vizinha. O problema foi que os outros vizinhos árabes nunca quiseram Israel e logo à partida o atacaram. Ora, não é possível viver paredes meias com quem nos quer destruir.
Pelas razões que aqui expus, julgo que o problema Israelo-Palestiniano, não está na existência de Israel, mas sim na negação do seu direito enquanto Estado, por parte dos árabes. Logo, todas as duvidas que questionem a sua legitimidade pecam por acertarem ao lado do problema. Eu sei que é tentador estar do lado dos mais oprimidos, mas muitas vezes não chega.

(André Abrantes Amaral)

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Os Ciganos na Umbanda

São entidades que há pouco tempo ganharam força dentro do ritual de umbanda. Erroneamente no começo eram confundidos com entidades espirituais que vinham na linha dos Exus, tal confusão se dava pela apresentação de algumas ciganas se apresentarem como Cigana das Almas ou como Cigana do Cruzeiro ou coisa desse tipo.
Hoje o culto está mais difundido e se sabe e se conhece mais coisas sobre o povo cigano.
Não tem na Umbanda o seu alicerce espiritual; se apresentam também em rituais Kardecistas e em outros rituais do tipo mesa branca. Estão em Umbanda por uma necessidade lógica de trabalho e caridade. Encontraram em Umbanda o toque dos atabaques e passaram a se identificar com os toques e com os pontos a eles cantados.
Tal aproximação se deve ao fato da necessidade da adaptação ao culto que hoje mais se identificam e se apresentam. Povo muito rico de estórias e lendas, foram na maioria andarilhos que viveram nos séculos XIV, XV e XVI. Alguns presenciaram fatos históricos do tipo queda da bastilha na França antiga e destrono de reis famosos como Luís XV.
Vivem em grupos, e não tem destino nem caminho certo. São amantes das aventuras que tais situações podem trazer; erroneamente são confundidos com vagabundos e pessoas pouco dedicadas ao trabalho. Tem na sua origem o trabalho com a natureza, a subsistência através do que plantavam e o desapego as coisas materiais.
Dentro de Umbanda seus fundamentos são simples, não possuindo assentamentos ou ferramentas para centralização da força espiritual. São cultuados em geral com imagens bem simples, com taças de vinho, doces finos e cigarrilhas doces. Trabalham também com as energias do Oriente, com cristais, pedras energéticas e com os quatro sagrados elementos da natureza.
Tem em Santa Sarah de Kali as orientações necessárias para o bom andamento das missões espirituais. Não devemos confundir tal fato com Sincretismos, pois Santa Sarah é tida como orientadora espiritual e não como patrona ou imagem de algum sincretismo.
São comemorados no dia 24 de maio, dia de Santa Sarah.
Tem o Cigano Wladimir como um dos grandes chefes de tribo deste povo.
Sua saudação em Umbanda é ARRIBABÔ, ARRIBA!!!

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Ciganos Famosos

Poucos assumem-se ciganos.
Mas há muitos ciganos famosos.
O palhaço Carequinha, a cantora Rosana, o cantor Sidney Magal, o trapalhão Dedé Santana, o músico Zé Rodrix e, fora do Brasil, o poeta Federico García Lorca e até os astros hollywoodianos como Charles Chaplin e Rita Hayworth.
Nenhum citado assumiu-se cigano.
Nem o mais poderoso deles, Juscelino Kubitschek, que seria neto de ciganos europeus.
O historiador Rodrigo Corrêa Teixeira, da Uni-BH, e o antropólogo holandês Frans Moonen, afirmam que JK não só era cigano como chegou a ter encontros com comunidades mineiras.

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Um história difícil de resgatar

Não é simples precisar a origem exata do povo cigano, bem como sua história. Um dos maiores entraves é o fato de sua língua, o romani, ser ágrafa, ou seja, não tem versão escrita. Quase tudo o que se encontra sobre ciganos em livros, na internet ou se ouve deles próprios, é baseado na tradição oral. Diversas etnias são classificadas genericamente como ciganos (Rom, Sinto, Calon, etc). A tese mais aceita (Wikipedia, dicionários, artigos acadêmicos) é a de que tratam-se de grupos nômades, originários do norte da Índia. Sua língua, o romani, e suas variações são faladas por boa parte dos ciganos até hoje, e é passada de pai para filho. O idioma é semelhante ao de outras línguas indo-européias, como o Punjabi e Potohari, hoje faladas no norte do Paquistão.

Acredita-se que os ciganos tenham ido da Índia para o Oriente Médio há cerca de mil anos, e dali espalharam-se para a Europa. Hoje, apesar de disseminados pelo mundo, a maioria dos ciganos permanece no chamado velho continente, mas sempre como minoria étnica. Como praticam quiromancia e adivinhação, foram historicamente repudiados pela Igreja Católica e outras religiões cristãs. A partir daí, foi um passo para que sofressem perseguições, muitas vezes brutais, principalmente na Idade Média, na época das inquisições. Na Romênia, por exemplo, os escravos ciganos só foram libertados no século XIX.

Há diversas estimativas do número de ciganos no mundo ou na Europa. Diferentes fontes citam números entre 5 milhões e 15 milhões. Impossível determinar qual o correto, seja pelo fato de estarem muito espalhados, seja porque boa parte esconde sua identidade ou porque há, ainda, muitos ciganos vivendo sem qualquer registo.

Milhares deles emigraram para o continente americano. Portugal foi um dos países que deportou membros da comunidade para suas colônias, entre elas o Brasil. Estimativas da União Brasileira dos Ciganos falam em cerca de 800 mil ciganos e descendentes no nosso país, mas, novamente, é um número impreciso. Restam duas certezas: há muito mais ciganos por além dos que vemos na ruas, com suas roupas típicas. E sua cultura está, de fato, morrendo.

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